8/21/2009

SP - Mais informações sobre o Estado

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Lema: Pro Brasilia fiant eximia
(Pelo Brasil façam-se grandes coisas)

Site governamental: www.sp.gov.br

Estado de São Paulo

(Bandeira) (Brasão)

Hino: Hino do estado de São Paulo
Gentílico: paulista



Localização
- Região Sudeste
- Estados limítrofes ·Paraná (sul)
·Mato Grosso do Sul (oeste)
·Minas Gerais (norte, nordeste)
·Rio de Janeiro (leste)
- Mesorregiões 15
- Microrregiões 63
- Municípios 645
Capital São Paulo
Governo 2007 a 2011
- Governador(a) José Serra (PSDB)
- Vice-governador(a) Alberto Goldman (PSDB)
- Deputados federais 70
- Deputados estaduais 94
- Senadores Aloizio Mercadante (PT)
Eduardo Suplicy (PT)
Romeu Tuma (PTB)
Área
- Total 248.209,426 km² (12º)
População 2009
- Estimativa 41.384.039 hab. (1º)
- Densidade 160,5 hab./km² (3º)
Economia 2006
- PIB R$802,552 bilhões (1º)
- PIB per capita R$19.548 (2º)
Indicadores 2005
- IDH 0,833 [1] (3º) – elevado
- Esper. de vida 74,2 [2] anos (5º)
- Mort. infantil 15,5/mil nasc. (2º)
- Analfabetismo 4,6% (4º)
Fuso horário UTC-3
Clima subtropical, tropical de altitude e tropical Cfa, Cfb, Cwa, Cwb, Aw
Sigla BR-SP
Site governamental www.sp.gov.br



São Paulo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado no sul da região Sudeste e tem como limites os estados de Minas Gerais (N e NE), Rio de Janeiro (L), Paraná (SO) e Mato Grosso do Sul (O), além do oceano Atlântico (SE). É dividido em 645 municípios e ocupa uma área de 248.209,426 quilômetros quadrados, sendo pouco maior que o Reino Unido. Sua capital é a cidade de São Paulo e seu atual governador é José Serra.

Apelidado de "locomotiva do Brasil",[3] o estado é isoladamente responsável por 33,9% do PIB brasileiro,[4] sendo o estado mais rico do país. Além do maior PIB, São Paulo também possui o terceiro maior Índice de Desenvolvimento Humano, o segundo maior PIB per capita, a segunda menor taxa de mortalidade infantil e a quarta menor taxa de analfabetismo entre as unidades federativas do Brasil.

Com mais de quarenta milhões de habitantes, São Paulo é o estado mais populoso do Brasil e a terceira unidade política mais populosa da América do Sul, sendo superada apenas pelo próprio país e pela Colômbia, à frente de todos os outros países sul-americanos. Sua população é a mais diversificada do Brasil e descende principalmente de imigrantes italianos, portugueses, ameríndios, africanos além de outras grandes correntes migratórias, como árabes, alemães, espanhóis e japoneses. Sua capital é o município de São Paulo, cuja população da região metropolitana atualmente é de 19 milhões de habitantes - último censo de 2007.

História
Ver artigo principal: História de São Paulo

Colonização

Fundação de São Vicente, por Benedito Calixto.No início do século XVI o litoral paulista já tinha sido visitado por navegadores portugueses e espanhóis, mas somente em 1532 se dá a fundação da primeira povoação, São Vicente, na atual Baixada Santista, por Martim Afonso de Sousa.

A procura de metais preciosos levou os portugueses a ultrapassarem a Serra do Mar, pelo antigo caminho indígena do Peabiru e em 1554, no planalto existente após a Serra do Mar, é fundada a vila de São Paulo de Piratininga pelos jesuítas liderados por Manuel da Nóbrega.

Até o fim do século XVI são fundadas outras vila no entorno do planalto, como Santana de Parnaíba, garantindo assim a segurança e subsistência da vila de São Paulo.

O nome São Vicente foi dado por Américo Vespúcio, em 22 de janeiro de 1502, em viagem que objetivava mapear o litoral do Brasil. Quando passou pela região, encontrou duas ilhas (onde hoje estão as cidades de Santos e São Vicente na Ilha de São Vicente e a cidade de Guarujá na ilha de Santo Amaro e o estuário, que achou ser um rio. Era dia de São Vicente, assim tendo sido batizada a localidade.

As primeiras povoações de São Vicente também não foram oficiais. Ali foi abandonado o Bacharel de Cananéia. Segundo muitos historiadores, teria sido ele o português Cosme Fernandes Pessoa, verdadeiro fundador de São Vicente, a partir de onde de fato governava e controlava o comércio da região. Segundo documento encontrado pelo português Jaime Cortesão, o Bacharel já moraria no Brasil antes até da chegada de Cabral: O degredado é citado num documento datado de 24 de Abril de 1499, descoberto por Cortesão, que se reporta a uma viagem não-oficial de Bartolomeu Dias ao Brasil. Outro documento, de 1526, descreve o povoado de São Vicente, informando que teria uma dúzia de casas, sendo apenas uma de pedra, com uma torre para defesa.

Cosme Fernandes Pessoa foi acusado junto ao Rei de Portugal, por dois amigos que em troca receberam doações em terras, de manter relações com espanhóis que viviam mais ao sul, com perigo para o domínio português na região. Martim Afonso de Sousa partiu para o Brasil com diversos objetivos. O primeiro deles era o de estabelecer oficialmente a colonização do Brasil, confirmando o poder da coroa. Como consequência, subtraiu o poder das mãos de Cosme Fernandes Pessoa. Avisado, o Bacharel incendiou o local e retirou-se com seu pessoal para Cananeia.


Martim Afonso de Sousa, fidalgo e explorador português.Martim Afonso de Sousa fundou oficialmente o povoado de São Vicente no local em que se encontravam as ruínas anteriores, na data de 22 de janeiro de 1532. Em 1536 o Bacharel de Cananeia (ou Bacharel Cosme) atacou, saqueou e queimou o povoado, enforcando o antigo amigo e traidor Henrique Montes. Esse é o último registro histórico sobre o Bacharel de Cananeia. Martim Afonso de Sousa distribuiu sesmarias e efetuou diversas edificações, deixando São Vicente povoada e organizada.

O Porto de São Vicente foi alvo do primeiro grande desastre ecológico do Brasil: a terra à beira mar foi limpa e cultivada. Sendo a terra arenosa e tendo o solo perdido sua camada protetora, as chuvas levaram a areia para o mar assoreando o porto de São Vicente. Martim Afonso de Sousa partira de São Vicente em 22 de maio de 1533, deixando a administração nas mãos de Brás Cubas, que, devido ao assoreamento do Porto, única via de comunicação com a Metrópole portuguesa e o ataque do Bacharel de Cananeia a São Vicente, decidiu montar novo porto na região Enguaguaçu, local mais protegido, para onde foi transferido o porto em 1536, estabelecendo ali um povoado. O simples fato do nome do local ser indígena, e não português, evidencia que a iniciativa não foi oficial. Brás Cubas atraiu para ali colonos de áreas próximas e fundou um povoado, que futuramente receberia o nome de Santos, e promoveu melhorias, como a construção da primeira Santa Casa do Brasil. São Vicente entra assim em declínio.

Embora haja notícias da existência de mulheres portuguesas na frota de Martim Afonso de Sousa, não foram ainda encontrados registros escritos. O primeiro registro escrito relativo a mulheres portuguesas vindas para o Brasil data de 1550. Assim as mães eram geralmente mamelucas ou índias.

A fundação de São Vicente no litoral paulista iniciou o processo de colonização do Brasil como política sistemática do governo português, motivada pela presença de estrangeiros que ameaçavam a posse da terra. Evidentemente, antes disso já havia ali um núcleo português que, à semelhança de outros das regiões litorâneas, fora constituído por náufragos e datava, provavelmente, do início do século XVI. Foi, no entanto, durante a estada de Martim Afonso de Sousa que se fundou, em 20 de janeiro de 1532, a vila de São Vicente e com ela se instalou o primeiro marco efetivo da colonização brasileira.

O nome de São Vicente se estendeu à capitania hereditária doada ao mesmo Martim Afonso de Sousa pelo Rei de Portugal em 1534. Assim, o primeiro nome do atual estado de São Paulo foi capitania de São Vicente.


"Biquinha de Anchieta", na cidade de São Vicente, cenário das aulas de catecismo do padre jesuíta José de Anchieta.A despeito das inumeráveis dificuldades para transpor a serra do Mar, os campos do planalto logo atraíram os povoadores, o que tornou São Paulo uma exceção no tipo de colonização dos portugueses dos primeiros tempos, que se fixavam sobretudo no litoral. Assim, em 1553, povoadores portugueses fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo. No ano seguinte, os padres da Companhia de Jesus fundaram em uma colina de Piratininga um colégio para os índios, berço da Vila de São Paulo. Em 1560, a Vila de Santo André foi extinta e seus moradores foram transferidos para São Paulo de Piratininga.

A faixa litorânea, estreita pela presença da serra, não apresentava as condições necessárias para o desenvolvimento da grande lavoura. Por sua vez, o planalto deparava com o sério obstáculo do Caminho do Mar, que, ao invés de ligar, isolava a região de Piratininga, negando-lhe o acesso ao oceano e, portanto, a facilidade para o transporte. Em consequência, a capitania ficou relegada a um plano econômico inferior, impedida de cultivar com êxito o principal produto agrícola do Brasil colonial, a cana-de-açúcar, e de concorrer com a principal zona açucareira da época, representada por Pernambuco e Bahia.

Estabeleceu-se em Piratininga uma policultura de subsistência, baseada no trabalho forçado do índio. Os inventários dos primeiros paulistas acusavam pequena quantidade de importações e completa ausência de luxo. O isolamento criou no planalto uma sociedade peculiar. Chegar a São Paulo requeria fibra especial na luta contra as dificuldades do acesso à serra, os ataques dos índios, a fome, as doenças, o que levaria a imigração europeia a um rigoroso processo seletivo. Tais condições de vida determinariam a formação de uma sociedade em moldes mais democráticos que os daquela que se estabelecera mais ao norte da colônia.

Concorreu em boa parte para tanto a proliferação de mamelucos oriundos do inevitável e intenso cruzamento com as índias da terra, pertencentes às tribos tupis que dominavam o litoral brasileiro. Em São Paulo, especialmente, o hibridismo luso-tupi na sua feição étnico-cultural não se atenuaria tão rapidamente como ocorreu em outras regiões em que o fluxo de negros e o contato mais fácil com a metrópole veio diluí-lo. Mais do que em qualquer outro lugar, o português saberia, à sombra de uma excepcional capacidade de adaptação, integrar certos traços culturais dos tupis que lhe permitiriam sobreviver — e mais, tirar proveito do sertão hostil.


As bandeiras
Ver artigo principal: Entradas e bandeiras, Bandeirantes

Estátua de Antônio Raposo Tavares, um dos mais famosos bandeirantes, no Museu Paulista em São Paulo.Dificuldades econômicas, tino sertanista, localização geográfica (São Paulo era um importante centro de circulação fluvial e terrestre), espírito de aventura, seriam poderosos impulsos na arrancada para o sertão. Desde os primeiros tempos da colonização eram constantes as arremetidas, num bandeirismo defensivo que visava a garantir a expansão paulista do século XVII. Este seria o grande século das bandeiras, aquele em que se iniciaria o bandeirismo ofensivo propriamente dito, cujo propósito era em grande parte o lucro imediato proporcionado pela caça ao índio. Da vila de São Paulo partiram as bandeiras de apresamento chefiadas por Antônio Raposo Tavares, Manuel Preto, André Fernandes, entre outros.

As condições peculiares de vida no planalto permitiram que os paulistas, durante os dois primeiros séculos, desfrutassem de considerável autonomia em setores como defesa, relações com os índios, administração eclesiástica, obras públicas e serviços municipais, controle de preços e mercadorias. As câmaras municipais, compostas por "homens bons" da terra, raramente se continham dentro de suas legítimas atribuições; em São Paulo, especialmente, sua independência quase fez esquecer o governo lusitano.


Monumento às Bandeiras, Parque Ibirapuera, São Paulo.Do bandeirismo de apresamento passou-se ao bandeirismo minerador, quando a atividade de Borba Gato, Bartolomeu Bueno da Silva, Pascoal Moreira Cabral e outros foi recompensada com o encontro dos veios auríferos em Minas Gerais e Mato Grosso. Dura provação foi o efeito do descobrimento do ouro sobre São Paulo e outras vilas do planalto: todos buscavam o enriquecimento imediato representado pelo metal precioso. Como disse José Joaquim Machado de Oliveira, "não havia paulista que, mais ou menos, deixasse de afagar o pensamento de descobrir minas".

Assim, o povoamento dos sertões brasileiros fez-se com sacrifício dos habitantes de São Paulo e em detrimento da densidade populacional da capitania. Essa ruptura demográfica, aliada a fatores geográficos já mencionados (a serra do Mar), ocasionou uma queda da produtividade agrícola, bem como o declínio de outras atividades, o que acentuou a pobreza do povo no decorrer do século XVIII. A capitania, que então abrangia toda a região das descobertas auríferas, foi transferida para a coroa e ali instalou-se governo próprio em 1709, separado do governo do Rio de Janeiro e com sede na vila de São Paulo, elevada a cidade em 1711.


O ciclo do ouro e decadência da capitania
Ver artigo principal: Guerra dos Emboabas
No final do século XVII, bandeirantes paulistas descobrem ouro na região do Rio das Mortes, nas proximidades da atual São João del-Rei. A descoberta das imensas jazidas de ouro provoca uma corrida em direção às Minas Gerais, como eram chamadas na época os inúmeros depósitos de ouro por exploradores advindos tanto de São Paulo quanto de outras partes da colônia.


Divisão administrativa do Brasil após a Guerra dos Emboabas.Como descobridores das minas, os paulistas exigiam exclusividade na exploração do ouro, porém foram vencidos em 1710 com o fim da Guerra dos Emboabas, perdendo o controle das Minas Gerais. O ouro extraído de Minas Gerais seria escoado via Rio de Janeiro. Como compensação, a Vila de São Paulo é elevada à categoria de cidade em 1711.

O êxodo em direção às Minas Gerais provocou a decadência econômica na capitania, e ao longo do século XVIII esta foi perdendo território e dinamismo econômico até ser simplesmente anexada em 1748 à capitania do Rio de Janeiro.

Alguns autores têm contestado essa versão da decadência da província. O principal argumento que leva historiadores a defenderem tal tese é a estabilização do número de vilas que surgidas no período. Porém, o número de habitantes não teria diminuído, apenas se concentrado nas vilas já existentes, e sua população, apesar de não lucrar diretamente com as minas, dominava o fornecimento de mantimentos, principalmente ligados à pecuária. A principal justificativa para a anexação à província do Rio foi a segurança das minas, já que São Paulo seria seu escudo natural contra invasões oriundas da Argentina ou outras colônias espanholas (ironicamente o mesmo argumento utilizado para sua restauração anos depois).


A restauração e a província de São Paulo

Mapa da província de São Paulo (1886)Em 1765, pelos esforços do Morgado de Mateus é reinstituída a Capitania de São Paulo e este promove uma política de incentivo à produção de açúcar para garantir o sustento da capitania. A capitania é restaurada entretanto com cerca de um terço de seu território original, compreendendo apenas os atuais estados de São Paulo e Paraná.

Assim, são fundados no leste paulista, região propícia para tal cultivo, as vilas de Campinas, Itu e Piracicaba, onde logo a cana-de-açúcar desenvolve-se. O açúcar é exportado pelo porto de Santos e atinge seu auge no início do século XIX.

A capitania ganha peso político durante a época da Independência pela figura de José Bonifácio, natural de Santos, e em 7 de setembro de 1822 a Independência é proclamada às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, por Dom Pedro I. Em 1821 a capitania transforma-se em província.


O ciclo do café
Ver artigo principal: Ciclo do café
Já em 1817 é fundada a primeira fazenda de café de São Paulo, no vale do rio Paraíba do Sul, e após a Independência o cultivo de café ganha força nas terras da região do Vale do Paraíba, enriquecendo rapidamente cidades como Guaratinguetá, Bananal, Lorena e Pindamonhangaba.


Bolsa do Café em SantosNas fazendas cafeeiras do Vale do Paraíba, era utilizada em grande escala a mão-de-obra escrava, e os grãos eram escoados via Rio de Janeiro. Assim sendo, o Vale enriquece-se rapidamente, gerando uma oligarquia rural, porém o restante da província continua dependente da cana-de-açúcar e do comércio que vai se estabelecendo na cidade de São Paulo, impulsionado pela fundação de uma faculdade de Direito em 1827.

Entretanto, a exaustão dos solos do Vale do Paraíba e as crescentes dificuldades impostas ao regime escravocrata levam a uma decadência no cultivo do café a partir de 1860 naquela região. O Vale vai se esvaziando economicamente enquanto o cultivo do café migra em direção ao Oeste Paulista, adentrando primeiramente na região de Campinas e Itu, substituindo o cultivo da cana-de-açúcar realizado até então.

A migração do café rumo ao oeste provoca grandes mudanças econômicas e sociais na Província. A proibição do Tráfico negreiro em 1850 leva a necessidade de busca de nova forma de mão-de-obra para os novos cultivos. A imigração de europeus passa a ser incentivada pelo governo Imperial e provincial. O escoamento dos grãos passa a ser feito via porto de Santos, o que leva a fundação da primeira ferrovia paulista, a São Paulo Railway, inaugurada em 1867, construída por capitais ingleses e do Visconde de Mauá, ligando Santos a Jundiaí, passando por São Paulo, que começa a se transformar em importante entreposto comercial entre o litoral e o interior cafeeiro.


Café sendo embarcado no porto de Santos em 1880, por Marc Ferrez.O café vai adentrando paulatinamente o oeste paulista, passando por Campinas, Rio Claro e Porto Ferreira; em 1870, a penetração da cultura encontra seus campos mais férteis de cultivo: as terras roxas do nordeste paulista, próximas a Ribeirão Preto e São Carlos, onde surgiram as maiores e mais produtivas fazendas de café do mundo.

Atrás de novas terras para o café, exploradores adentram o até então desconhecido quadrilátero compreendido entre a Serra de Botucatu e os rios Paraná, Tietê e Paranapanema, onde fundaram cidades como Bauru, Marília, Garça, Araçatuba e Presidente Prudente no final do século XIX e início do século XX.

As fronteiras paulistas são fixadas com a emancipação do Paraná em 1853. O sul paulista (Vale do Ribeira e região de Itapeva) não atraem o cultivo do café e sofrem com litígios de divisa entre São Paulo e Paraná, sendo portanto postas à margem do desenvolvimento do resto da província, tornando-se, até nossos dias, as regiões mais pobres do território paulista.

O enriquecimento provocado pelo café e a constante chegada de imigrantes italianos, portugueses, espanhóis, japoneses e árabes à Província, além do desenvolvimento de uma grande rede férrea, trazem prosperidade a São Paulo.


República Velha e a política do café-com-leite
Ver artigo principal: Política do café-com-leite
Ao se instalar a república, afirmava-se claramente o predomínio econômico do novo estado. Se o Brasil era o café, o café era São Paulo. Essa realidade repercutiu na esfera nacional, daí a homogeneidade de 1894 a 1902, em três quadriênios consecutivos, com os presidentes Prudente de Morais, Campos Sales e Rodrigues Alves.


Estação da Luz, um dos símbolos do poder paulista no auge da República do café-com-leite.São Paulo ingressou com dois trunfos na era republicana: a riqueza representada pelo café e o sistema de mão-de-obra livre, que fora introduzido antes da abolição da escravatura e já se adaptara e integrara no modo de produção da agricultura paulista. De outro lado, a autonomia local conferida pelo novo regime federativo, que em face dos amplos direitos conferidos aos estados resultava, na prática, numa verdadeira soberania, veio reforçar política e administrativamente as vantagens conferidas pelos dois fatores acima mencionados.

Assim equipado, beneficiando-se da fraqueza institucional decorrente da Proclamação da República, São Paulo aliou seu poder econômico à força eleitoral de Minas Gerais e instaurou a política do café-com-leite, que teve por consequência uma mudança no federalismo no Brasil, sendo até hoje visíveis os resultados. Para isso, concorreu também a visão empresarial de seus homens de negócios, cafeicultores principalmente, que, ainda no império, haviam aprendido a usar com presteza e vigor o poder político em defesa de seus interesses econômicos. Perceberam de imediato a oportunidade da introdução do imigrante estrangeiro e a subsidiaram com recursos da província, uma vez que o governo imperial dispensava maiores atenções ao estabelecimento de núcleos coloniais do que à imigração assalariada. Com a nova situação criada pela instituição do regime republicano, puderam ampliar seus meios de ação. Daí por diante, até a crise de 1929, não perderam de vista a expansão e defesa do produto que sustentava a economia da região.

Apesar das dissensões internas e de várias dissidências, o Partido Republicano Paulista (PRP) conseguiu manter grande coesão em face da União, o que lhe permitia levar avante uma política que satisfazia, em geral, aos interesses dominantes e que, inegavelmente, contribuiu para o prestígio de São Paulo dentro da federação.

Não foram, entretanto, tranquilos os primeiros momentos republicanos em São Paulo. Eles refletiam as agitações e desacertos que ocorriam no âmbito federal. Como nos demais estados, estabeleceu-se uma junta governativa provisória. Em seguida foi nomeado governador Prudente de Morais, que logo renunciou. O governo do estado passou então para Jorge Tibiriçá, indicado por Deodoro.


Marechal Deodoro da Fonseca, proclamador da república brasileira.Em 1890 inaugurou-se a era das dissensões políticas dentro do PRP, com a oposição exercida pelo Centro Republicano de Santos, que, em manifesto de 24 de agosto de 1890, lançou a candidatura de Américo Brasiliense de Almeida e Melo. Agitou-se a faculdade de direito, enquanto as principais figuras republicanas de São Paulo, como Prudente de Morais, Campos Sales, Bernardino de Campos e Francisco Glicério de Cerqueira Leite, entre outros, inquietaram-se com o autoritarismo do marechal Deodoro da Fonseca. Este destituiu Jorge Tibiriçá e delegou o poder, em 1891, a Américo Brasiliense, que Deodoro da Fonseca considerava o único capaz de organizar São Paulo.

Agravaram-se os descontentamentos. Amargas polêmicas foram travadas entre Campos Sales, pelo Correio Paulistano, e Francisco Rangel Pestana, que usava como porta-voz O Estado de S. Paulo. Nesse ambiente instalou-se, em 8 de junho de 1891, a Assembleia Constituinte e, em julho, Américo Brasiliense, já escolhido presidente do estado, promulgou a primeira constituição paulista.

Os ânimos pareciam serenar, quando o golpe de Deodoro da Fonseca fez renascer a agitação. A capital e o interior viviam apreensivos, sob a ameaça de subversão da ordem pública, que se generalizava pelo país. Para evitar a guerra civil, Deodoro renunciou e assumiu a presidência da república o vice-presidente, Floriano Peixoto, que recebeu então apoio político e financeiro de São Paulo contra as revoltas que se alastravam pela nação. Em troca, São Paulo assumiu a hegemonia da federação, com a eleição de Prudente de Morais, em 1894, que dava início à série de presidentes civis.

Enquanto isso, no estado, Américo Brasiliense passou o governo ao major Sérgio Tertuliano Castelo Branco, que logo o transmitiu a quem de direito: o vice-presidente, José Alves de Cerqueira César. Este, diante do espírito de motim e de reação monárquica que reinava, dissolveu a Assembleia Legislativa, convocou imediatamente outro Congresso e depôs todas as câmaras municipais do estado. Realizaram-se eleições de deputados e senadores para o segundo legislativo estadual, que se instalou em 7 de abril de 1892. Demonstrando sempre decisão e firmeza, Cerqueira César convocou o eleitorado para escolher novo presidente do estado, a qual recaiu sobre Bernardino de Campos, o primeiro governante paulista eleito pelo sufrágio direto.


Revolução de 1932
Ver artigo principal: Revolução Constitucionalista de 1932
A década de 1930 em São Paulo caracterizou-se, do ponto de vista econômico, pelos esforços de ajustamento às novas condições criadas pela crise mundial de 1929 e pela derrocada do café. Do ponto de vista político, o período foi marcado pela luta em prol da recuperação da hegemonia paulista na federação, atingida pela Aliança Liberal e afinal aniquilada pela revolução de 1930. Esta submeteu o estado à ação dos interventores federais, que, de início, nem paulistas eram.

Surgiram logo as reivindicações a favor de um governo paulista, mas na realidade o que se pretendia era a restauração dos grupos hegemônicos paulistas, cujos interesses, tanto econômicos quanto políticos, estavam sendo prejudicados pela nova situação, embora alguns interventores, como João Alberto Lins de Barros, tenham procurado conciliar a cafeicultura com a nova orientação do governo federal.


Cartaz MMDC convocando o povo paulista às armas.Habituadas a conduzir seu próprio destino, as classes dirigentes se insurgiram sob a liderança do Partido Democrático, então presidido pelo professor Francisco Morato, justamente o partido aliado à revolução getulista de 1930. A organização política rompeu, porém, com o governo federal e constituiu, com as classes conservadoras e o velho PRP, a Frente Única Paulista. Esta procurou aliança com outros estados, particularmente com a oposição gaúcha, mas afinal os paulistas rebelaram-se, contando apenas com o apoio de tropas do Sul de Mato Grosso.

Em 9 de julho de 1932, irrompeu a revolução constitucionalista de São Paulo. Governava o estado, como interventor federal, o paulista Pedro de Toledo, logo proclamado governador. Formaram-se batalhões de voluntários, e aderiram ao movimento algumas unidades do Exército, um forte contingente de Mato Grosso e a quase totalidade da força pública estadual. Foram mobilizados inicialmente cinquenta mil homens, cujo comando coube ao coronel Euclides de Oliveira Figueiredo e depois ao general Bertoldo Klinger, sob a chefia suprema do general Isidoro Dias Lopes.

A indústria participou da revolução com entusiasmo. Sob a direção de Roberto Cochrane Simonsen, todo o parque industrial paulista foi colocado a serviço da rebelião, dedicado à produção bélica. Organizou-se também o abastecimento interno. A luta durou, porém, apenas três meses e terminou com a derrota dos paulistas e a perda de centenas de vidas.

Alguns meses após a capitulação, o governo federal, a fim de pacificar o país, decidiu convocar eleições para a Assembleia Constituinte, respondendo ao objetivo principal dos revolucionários paulistas: a restauração da ordem constitucional. Enquanto isso, São Paulo foi ocupado militarmente de outubro de 1932 a agosto de 1933. Foram exilados o ex-governador Pedro de Toledo, seu secretariado e outros políticos que tomaram parte ativa na revolução.


A industrialização e metropolização

São Paulo, durante muito tempo a cidade foi o principal polo industrial do estado.Após a Primeira Guerra Mundial, o cultivo do café começa a enfrentar crises de excesso de oferta e concorrência de outros países. O cultivo começa a ser controlado pelo governo, a fim de evitar crises e fazendas fecham, levando imigrantes em direção a São Paulo, onde se tornam operários.

Pressões políticas exigindo o fim do predomínio da elite cafeeira paulista surgem e movimentos artísticos como a Semana de 1922 propagam novas ideias sociais e econômicas. A imigração externa começa a se enfraquecer e greves anarquistas e comunistas rebentam em São Paulo enquanto impérios industriais como o de Matarazzo são formados.

Em 1930 o café entra em sua derradeira crise com a Crise de 1929 e o crash da Bolsa de Nova Iorque no ano anterior, o colapso dos preços externos dos grãos e a Revolução de 1930, que retira os paulistas do poder.


Imagem de satélite focalizando a Região Metropolitana de São Paulo.Dois anos depois, em 1932, São Paulo combate Getúlio Vargas na Revolução Constitucionalista, em uma tentativa de retomar o poder perdido, porém é derrotado militarmente. A crise do café se amplifica e o êxodo rural em direção à cidade de São Paulo esvazia o interior do estado.

A Segunda Guerra Mundial interrompe as importações de produtos e a indústria paulista inicia um processo de substituição de importações, passando a produzir no estado os produtos até então importados. O processo intensifica-se no governo de Juscelino Kubitschek, que lança as bases da indústria automotiva no ABC paulista.

Para suprir a mão-de-obra necessária, o estado passa a receber milhões de nordestinos, vindos principalmente dos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Paraíba, que substituem os antigos imigrantes, agora compondo a classe média paulista, como operários. Estes se fixam principalmente na periferia de São Paulo e nas cidades vizinhas. Este rápido aumento populacional promove um processo de metropolização, onde São Paulo se aglomera com as cidades vizinhas, formando a Região Metropolitana de São Paulo.

Em 1960, a cidade de São Paulo torna-se a maior cidade brasileira e principal pólo econômico do país, superando o Rio de Janeiro. Este título de maior cidade brasileira deve-se a um número maior de migrantes que escolhiam vir para São Paulo (como citado acima).


Industrialização do interior e esvaziamento econômico

Rodovia dos Bandeirantes, um dos principais vetores de desenvolvimento do interior do estado.Nas décadas de 1960 e 1970 o governo estadual promove diversas obras que incentivam a economia do interior do estado, esvaziado desde a quebra do café em 1930.

A abertura e duplicação da Via Dutra (BR-116) recupera e industrializa o Vale do Paraíba, que se concentra em torno da indústria aeronáutica de São José dos Campos. Para o Oeste, a implantação do Aeroporto Internacional de Viracopos, a criação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) a abertura de rodovias como a Rodovia Anhanguera e Bandeirantes e o implemento de técnicas modernas de produção, em especial da cana-de-açúcar e de seu subproduto, o álcool combustível, levam novamente o progresso às regiões de Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto e Franca.


Campinas, a maior cidade do interior paulista.Este processo de recuperação econômica do interior intensifica-se a partir da década de 1980, quando inúmeros problemas urbanos, como violência, poluição e ocupação desordenada, afligem a Região Metropolitana de São Paulo. Entre 1980 e 2000 a grande maioria dos investimentos realizados no estado foi feita fora da capital, que passa de uma metrópole industrial para um polo de serviços e finanças. O interior, em especial o eixo entre Campinas - São Carlos - Ribeirão Preto - Franca -Sorocaba - São José dos Campos - Taubaté torna-se industrializado e próspero.

Entretanto, mesmo com o enriquecimento e industrialização do interior, outros estados passam a ter uma taxa de crescimento econômico ainda mais elevada que São Paulo, principalmente as regiões Sul e Centro-Oeste.

Atualmente, ainda que o crescimento não seja mais tão alto e haja concorrência de outros estados, São Paulo é o principal pólo econômico e industrial da América do Sul, sendo o maior mercado consumidor do Brasil.


Geografia
São Paulo Ficha técnica
Área 248.209,4 km²
Relevo planície litorânea estreita limitada pela serra do Mar, planaltos e depressões no resto do território.
Ponto mais elevado pedra da Mina, na serra da Mantiqueira (2.797 m).
Rios principais Tietê, Paranapanema, Grande, Turvo, do Peixe, Paraíba do Sul, Piracicaba.
Vegetação mangues no litoral, mata Atlântica e floresta tropical no resto do território.
Clima tropical atlântico no litoral, tropical de atitude no interior e subtropical no sul do estado.
Municípios mais populosos São Paulo (11.016.703), Guarulhos (1.283.253), Campinas (1.059.420), São Bernardo do Campo (803.906), Osasco (714.950), Santo André (673.234), São José dos Campos (610.965), Sorocaba (602.250), Ribeirão Preto (559.650), Santos (418.375) - 2006.
Hora local -3
Gentílico paulista

Ver artigo principal: Geografia de São Paulo
O estado de São Paulo ocupa uma área de 248.209,4 km², estendendo-se do litoral ao interior, localiza-se a 49º00'00" de longitude oeste do Meridiano de Greenwich e a 22º00'00" de latitude sul da Linha do Equador e com fuso horário -3 horas em relação a hora mundial GMT. Dois terços de seu território ficam acima do Trópico de Capricórnio. No Brasil, o estado faz parte da região Sudeste, fazendo fronteiras com os estados de Minas Gerais ao norte, Paraná ao sul, Mato Grosso do Sul a oeste e Rio de Janeiro a nordeste. É banhado pelo oceano Atlântico.


Relevo

Pedra da Mina, com 2.798,39 metros de altitude é o ponto mais alto do estado.Apresenta um relevo relativamente elevado, já que 85% de sua superfície está entre trezentos e novecentos metros de altitude. O ponto mais alto do estado é a montanha Pedra da Mina com 2.798,39 metros de altitude. Tietê, Paranapanema, Grande, Paraná, Turvo, Rio Pardo, do Peixe, Paraíba do Sul e Piracicaba são seus rios principais.

O estado de São Paulo está situado sobre um amplo planalto, com cerca de 600 km de extensão no sentido sudeste-noroeste, orlado a leste por uma estreita planície litorânea de aproximadamente quarenta quilômetros de largura média. A transição entre o planalto e a planície se faz por uma escarpa abrupta, a serra do Mar, com altitude entre 800 e 1.100m. O planalto desce suavemente para o interior e se divide em três seções: o planalto cristalino, a depressão interior e o planalto ocidental, que formam, ao lado da planície litorânea e da serra do Mar, as cinco unidades morfológicas do estado.

Planície litorânea
A planície litorânea apresenta feições variadas. A nordeste de Santos, estreita-se bastante, apertada entre o mar e as escarpas da serra do Mar, que em alguns locais cai diretamente sobre o oceano. Para oeste, dilata-se progressivamente até atingir, no vale do rio Ribeira do Iguape, sua maior largura (sessenta quilômetros). Alguns maciços isolados, de que são exemplo as elevações que dominam a cidade de Santos, erguem-se da planície. Esta é constituída de baixadas fluvio-marinhas recentes, resultantes da colmatagem (aterramento) de antigos golfões. A baixada santista ocupa um desses golfões ainda não preenchido inteiramente pela sedimentação. Em consequência, é cortada por conjunto de canais que forma verdadeiro labirinto em torno das ilhas de Santo Amaro e São Vicente.


Vista da serra do mar em Ubatuba.Serra do Mar
A serra do Mar, rebordo do planalto, forma uma faixa de terrenos acidentados, interposta entre a planície e o planalto. De Santos até o limite com o estado do Rio de Janeiro, apresenta-se uma escarpa contínua, formando majestoso paredão que desce quase verticalmente da beira do planalto sobre a planície litorânea ou sobre o mar. Foi essa a seção do rebordo do planalto a que aplicou inicialmente o nome de serra do Mar. De Santos até a divisa com o estado do Paraná, transforma-se numa sucessão de estreitos vales e cristas montanhosas, resultantes do trabalho de erosão do rio Ribeira do Iguape e seus tributários sobre as rochas menos resistentes dessa porção do planalto.

Planalto cristalino

Vista do Pico dos Marins, na serra da Mantiqueira.Acima do escarpamento da serra do Mar desenvolvem-se as suaves ondulações do planalto cristalino, assim chamado por ser talhado em rochas cristalinas antigas (gnaisses e granitos). Essa unidade do relevo ocupa a porção sul-oriental do planalto paulista. Sua topografia regular se desdobra em amplo conjunto de colinas, entre as quais serpenteiam vales rasos e largos. A esses traços gerais acrescentam-se ainda algumas outras feições de relevo ligadas ao planalto paulista. A mais importante é a serra da Mantiqueira, cujo traçado em forma de uma grande crescente corresponde aproximadamente à divisa com o estado de Minas Gerais. O rebordo da Mantiqueira constitui o rebordo do planalto sul-mineiro, que domina o planalto cristalino paulista com altitudes superiores a 1.200m.

Além da Mantiqueira, o planalto cristalino apresenta algumas cristas montanhosas, que correspondem a faixas de rochas mais resistentes (metamórficas algonquianas) e podem ser classificadas como montanhas baixas. O planalto cristalino paulista, compreende, também, parte do vale do Paraíba, grande depressão alongada que se estende até o território do atual estado do Rio de Janeiro, na forma de um corredor entre as serras do Mar e da Mantiqueira. Finalmente, erguem-se sobre as serras do Mar e da Mantiqueira dois maciços montanhosos, respectivamente os maciços da Bocaina (2.085m no morro Tira-Chapéu) e a Pedra da Mina (2.798,98 m), a mais alta montanha do estado de São Paulo.

Depressão Periférica Paulista
A quarta unidade de relevo do estado é a depressão interior, que se estende a oeste do planalto, na forma de um grande arco cuja concavidade se volta para o interior. Sua superfície, que se encontra acima de 200m abaixo do nível geral do planalto cristalino e do planalto ocidental, assinala o afloramento de rochas sedimentares antigas, paleozóicas, relativamente menos resistentes à erosão que as formações dos planaltos vizinhos. A oeste da depressão interior ergue-se o rebordo do planalto ocidental, uma escarpa abrupta com cerca de 200m de desnível, com penhascos cortados em formações basálticas: é a chamada serra Geral, que do norte do estado de São Paulo se prolonga até o Rio Grande do Sul.

Planalto Ocidental Paulista

Imagem de satélite mostrando todo o território paulista e parte dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso do Sul.Aí se inicia a mais extensa unidade morfológica de São Paulo, o planalto ocidental, que ocupa aproximadamente metade do território estadual. Apresenta esse planalto suave inclinação para oeste, caindo de 700m de altitude, a leste, a 300m a oeste. Exibe assim a feição de uma cuesta, cuja frente ou rebordo é a serra Geral. O arcabouço geológico da cuesta é formado por estratos de basalto, cobertos por formações areníticas que se intercalam entre eles. Por essa razão, as formações basálticas afloram com reduzida freqüência no estado de São Paulo e são observadas apenas nos fundos dos vales e ao longo da serra Geral, ou em manchas esparsas. A extensão e a distribuição dos afloramentos de basalto alcançam certa importância econômica, já que é da decomposição dessa rocha que se originam os solos de terra roxa. Nesse particular, São Paulo difere radicalmente do Paraná, onde o planalto ocidental é inteiramente recoberto por formações basálticas.

O dorso do planalto ocidental tem topografia bastante regular, mas os rios que o drenam, afluentes da margem esquerda do Paraná, sulcaram-no profundamente com seus vales, dividindo-o em numerosos compartimentos alongados no sentido sudeste-noroeste, denominados espigões. Em consequência da conformação de seu relevo, o estado tem cerca de 85% de sua área acima de 300m e abaixo de 900m; 8% abaixo de 300m; e 7% acima de 900m. As terras situadas abaixo de 300m correspondem à baixada litorânea; as demais, ao planalto. A pequena parcela que ultrapassa 900m de altitude corresponde aos trechos mais elevados do planalto, situados junto a sua margem oriental (serra do Mar e porções paulistas da Mantiqueira).


Clima
Seu clima varia entre tropical (na região norte do estado), tropical de altitude (em boa parte do centro do estado e no Vale do Paraíba) e subtropical (na região sul do estado e no Planalto Paulista, onde a mínima absoluta no estado em Campos do Jordão foi de -7,3°C em 1 de junho de 1979 [5].


Campos do Jordão, um dos municípios mais frios do Brasil.Seis modalidades climáticas do sistema de classificação de Köppen ocorrem em São Paulo: os tipos Af, Aw, Cfa, Cwa, Cfb e Cwb. Os tipos Af e Aw correspondem às partes mais baixas do estado. O clima Af, tropical superúmido com chuvas bem distribuídas durante o ano, domina a baixada litorânea e as baixas encostas da serra do Mar. As temperaturas médias anuais são superiores a 20°C e a pluviosidade excede 2.000mm.

O clima Aw, tropical, subúmido com chuvas de verão e invernos secos, caracteriza a maior parte do planalto ocidental, cobrindo-lhe a parte setentrional (mais ao sul a latitude mais alta acarreta temperaturas mais baixas, sobretudo no inverno, o que impede a inclusão dessa região no planalto ocidental do tipo Aw). A temperatura anual excede também 20°C, mas a pluviosidade é mais reduzida do que o tipo anterior (entre 1.000 e 1.250mm).

Os demais tipos climáticos do estado, Cfa, Cwa, Cfb e Cwb, são todos variantes do clima tropical de altitude e se registram nas porções mais elevadas do estado, isto é, na maior parte do planalto. O tipo Cfa, mesotérmico com verões quentes e chuvas bem distribuídas durante o ano, aparece a sudeste e a leste do planalto. A temperatura média anual oscila entre 18°C e 20°C, e a pluviosidade, entre 1.250mm e 2.000mm.

O tipo Cwa, mesotérmico com verões quentes e chuvosos e invernos secos, ocorre imediatamente ao norte do tipo Cfa, formando uma faixa que atravessa o estado em seu centro. A temperatura anual é a mesma do tipo anterior, mas a pluviosidade não ultrapassa 1.250mm. Os tipos Cfa e Cwa, passam a Cfb e Cwb, isto é, a climas com verões frescos, nas porções mais elevadas da área de influência do clima tropical de altitude.


Vegetação

Ipê-amarelo, árvore típica do cerrado, bioma presente na maior parte do território paulista. Na fotografia, um Ipê no campus da Unicamp.Pouco resta atualmente da primitiva cobertura vegetal do estado de São Paulo. A abertura de campos de cultivo, a formação de paisagens artificiais e o uso da madeira como combustível ou como matéria-prima levaram a uma quase completa destruição das florestas paulistas. Essa cobertura florestal revestia outrora cerca de 82% da área estadual; atualmente subsistem florestas em áreas impróprias para pastagens e culturas (como nas encostas íngremes das serras do Mar e da Mantiqueira), ou ainda não incorporadas à economia agropastoril (como algumas porções do extremo oeste). Nessas áreas, onde se fez sentir com menos intensidade a interferência humana, ainda é possível observar as características originais da floresta e reconhecer a marca de sua diferenciação regional. Ao longo da costa e no rebordo do planalto, graças à elevada pluviosidade, a floresta se apresentava como uma mata densa, perene e muito rica em epífitas e lianas.

No interior do planalto, a umidade mais reduzida resultava no desenvolvimento de uma mata semidecídua, onde contrastavam as formações desenvolvidas em solos de arenito com as formações mais exuberantes, dos solos de terra roxa. Nos trechos mais elevados da Mantiqueira e da Bocaina, a floresta assumia caráter mais subtropical, assinalado pela presença do pinheiro-do-paraná (araucária). A mata de pinheiros aparecia, também, em manchas dispersas no leste do estado, das quais a maior situava-se nas proximidades de Botucatu.

Outros tipos de vegetação existiam em São Paulo. Campos cerrados (10% da superfície total) formavam manchas dispersas no interior do planalto, sobretudo na margem oriental do planalto ocidental e na depressão interior. Ao sul dessa última, aparecia, como ainda hoje aparece, a extremidade setentrional dos Campos Gerais do Paraná, ocupando 1,3% da área estadual.


Hidrografia
Ver página anexa: Lista de rios de São Paulo

O rio Tietê percorre todo o território paulista ao longo de seu percurso, de sudeste a noroeste.Os principais rios são: Tietê, Paraná, Paranapanema, Grande, Turvo, do Peixe, Paraíba do Sul, Piracicaba, Pardo, Moji-Guaçu, Jacaré-Pepira e Jacaré-Guaçu.

Um dos principais rios que atravessa o estado, o Tietê, faz parte da Bacia Tietê-Paraná. O Tietê é conhecido mais por sua poluição ambiental, mas é um dos mais economicamente importantes.

A rede de drenagem de São Paulo pertence quase integralmente à bacia do rio Paraná. Apenas uma estreita faixa de terras, na qual se incluem a baixada litorânea e uma pequena parte do planalto cristalino, corre para a vertente atlântica.


O rio Paranapanema, uma divisa natural dos estados de São Paulo e Paraná.Os rios da bacia do Paraná abrangem o próprio rio Paraná, que forma a divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul, e seus afluentes da margem esquerda — o Paranapanema (na divisa com o estado do Paraná), o Peixe, o Aguapeí e o Tietê, além do Grande, formador do Paraná. Os rios Paranapanema e Tietê têm suas nascentes junto à serra do Mar e atravessam os três compartimentos do planalto antes de alcançarem o Paraná.

A vertente atlântica compreende, em geral, apenas pequenos rios que descem da serra do Mar e atravessam a planície litorânea em direção ao oceano. Apenas dois rios desse grupo alcançam maior extensão, penetrando com suas cabeceiras no seio do planalto cristalino; são eles o Ribeira do Iguape e o Paraíba do Sul. Este último corre em direção ao nordeste e penetra no estado do Rio de Janeiro, onde se situa a maior parte de seu curso.

Predomina no estado o regime tropical: os rios enchem no verão e reduzem sua descarga no inverno, período de estiagem. No planalto, a construção de numerosas barragens para a produção de energia elétrica tem contribuído para a regularização das descargas fluviais, melhorando inclusive as condições de navegabilidade da alta bacia do Paraná.





Demografia

}Segundo estimativas do IBGE, em 2006 o estado de São Paulo possuía 41.055.734 habitantes e uma densidade populacional de 165,4 hab./km². Todo esse montante populacional representa 21% da população brasileira e 11% de toda a população sul-americana[6]. O estado conseguiu alcançar esse patamar populacional depois de crescer durante muitos anos com taxas populacionais superiores à média nacional. Na década de 1950 o estado teve um crescimento populacional de 3,6% ao ano, enquanto o Brasil manteve um crescimento de 3,2%. No período compreendido entre os anos de 1991 e 2000, São Paulo cresceu 1,8% ao ano enquanto a média nacional manteve-se em 1,6%. O inicio do século XXI traz uma tendência de queda das taxas populacionais, porém São Paulo mantem uma taxa de crescimento maior que a brasileira; 1,6% contra 1,4% ao ano.

De acordo com o censo de 2000, dos 40 milhões de habitantes do estado 93,7% vive em cidades, enquanto 6,3% da população vive no campo. A composição da população paulista por sexo, mostra que para cada 100 mulheres residentes no estado existem 96 homens, esse pequeno desequilíbrio entre os dois sexos ocorre porque as mulheres possuem uma expectativa de vida oito anos mais elevada que a dos homens, além da maior participação feminina em fluxos migratórios para o estado[7].

Além de ser o estado mais populoso do Brasil, São Paulo também possui o maior colégio eleitoral brasileiro, com 25.655.553 (IBGE/2002) eleitores em todo o estado. Na eleição de 2006, o número passou para 28.037.256, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.

Evolução demográfica do estado de São Paulo[8].


Maiores cidades do estado de São Paulo
Posição Cidade População Posição Cidade População ver • disc • edite

São Paulo

Guarulhos

Campinas


1 São Paulo 10.990.249 11 São José do Rio Preto 414.272
2 Guarulhos 1.279.202 12 Mauá 412.753
3 Campinas 1.056.644 13 Diadema 394.266
4 São Bernardo do Campo 801.580 14 Carapicuíba 388.532
5 Osasco 713.066 15 Mogi das Cruzes 371.372
6 Santo André 671.696 16 Piracicaba 358.108
7 São José dos Campos 609.229 17 Bauru 347.601
8 Sorocaba 576.312 18 Jundiaí 347.601
9 Ribeirão Preto 558.136 19 Itaquaquecetuba 334.914
10 Santos 417.518 20 São Vicente 323.599
Fonte: [1] Estimativas do IBGE para 1 de abril de 2007
Carapicuíba, Diadema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mauá,
Mogi das Cruzes, Osasco, Santo André e São Bernardo do Campo fazem parte da Região Metropolitana de São Paulo.




Religião

A Basílica de Aparecida, em Aparecida do Norte.O censo demográfico realizado em 2000, pelo IBGE, apontou a seguinte composição religiosa em São Paulo:[9]

70,31% dos paulistas (26.039.203) declaram-se católicos;
17,04% (6.311.233) declaram-se protestantes;
7,28% (2.695.655) declaram-se sem religião, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas;
2,10% (779.325) declaram-se espíritas;
0,39% (143.358) declaram-se budistas;
0,21% (79.119) declaram-se umbandistas;
0,11% (42.174) declaram-se judeus.

Etnias

O Memorial do Imigrante.Segundo o censo de 2000 do IBGE, a população de São Paulo está composta por: brancos (67,9%), pardos (24,7%), pretos (5,8%), amarelos (1,3%) e indígenas (0,3%).[10]

A forte imigração no final do século XIX e início do século XX, trouxe ao estado pessoas de todas as partes do mundo. Dos mais de cinco milhões de imigrantes que desembarcaram no Brasil, grande parte se fixou no estado de São Paulo. Atualmente, vivem em São Paulo treze milhões de italianos e descendentes, representando cerca de 32,5% da população do estado.[11]

A população descende principalmente de imigrantes europeus (sobretudo portugueses, italianos, espanhóis e alemães). Também há grandes comunidades de povos do Oriente Médio (libaneses, sírios e armênios) e Ásia Oriental (japoneses, coreanos e chineses), além de descendentes de africanos.

Muitas pessoas de outros estados brasileiros também migram para São Paulo em busca de trabalho ou melhores condições de vida. Em sua maior parte são pessoas oriundas da Região Nordeste do Brasil, de Minas Gerais e do Paraná.


Política
Ver artigo principal: Política de São Paulo
Ver página anexa: Lista de governadores de São Paulo
O estado de São Paulo, assim como em uma república, é governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e outros tribunais e juízes. Além dos três poderes, o estado também permite a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos.

A atual constituição do estado de São Paulo foi promulgada em 1989[12], acrescida das alterações resultantes de posteriores Emendas Constitucionais.


Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado.O Poder Executivo paulista está centralizado no governador do estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato. Sua sede é o Palácio dos Bandeirantes, que desde 1964[13] é sede do governo paulista e residência oficial do governador.

O Poder Legislativo de São Paulo é unicameral, constituído pela Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, localizado no Palácio 9 de Julho. Ela é constituída por 94 deputados, que são eleitos a cada 4 anos.

A maior corte do Poder Judiciário paulista é o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, localizada no Palácio da Justiça, no centro de São Paulo.

São Paulo está dividido em 645 municípios. O maior deles é a capital, São Paulo, com dez milhões de habitantes, sendo a cidade mais rica do estado e do país. Sua região metropolitana possui aproximadamente 19 milhões de habitantes, quase a metade de toda a população do estado.


A questão da representação federal
O peso político de São Paulo, se considerada a representatividade das cadeiras na Câmara dos Deputados, é baixo. Ao atingir o número máximo de setenta deputados federais estipulados pela Constituição de 1988, o estado de São Paulo permanece sub-representado, com aproximadamente 22% da população do país e apenas 13% dos deputados da Câmara Federal[14]. Se a representação parlamentar respeitasse a correlação "uma pessoa, um voto", todos os estados da região Norte teriam somados 40 deputados, e não os 65 atuais, enquanto apenas São Paulo contaria com pouco mais de 110 representantes (40 deputados a mais do que dispõe)[15].


Subdivisões
Ver página anexa: Lista de municípios do estado de São Paulo, Mesorregiões de São Paulo, Microrregiões de São Paulo

Divisão administrativa
Desde 1970, por sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões administrativas e regiões de governo, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das mesorregiões de São Paulo e microrregiões de São Paulo.


Imagem mostrando a divisão do estado de São Paulo em mesorregiões, microrregiões e municípios.As quinze regiões administrativas do estado são
Formada por 645 municípios

Região Metropolitana de São Paulo
RA1 - Registro
RA2 - Baixada Santista
RA3 - São José dos Campos, que inclui as sub-regiões de São José dos Campos, Taubaté, Guaratinguetá, Cruzeiro e Caraguatatuba)
RA4 - Sorocaba (inclui as sub-regiões de Itapetininga, Itapeva, Avaré e Botucatu)
RA5 - Campinas (inclui a Região Metropolitana de Campinas, e as sub-regiões administrativas de Jundiaí, Bragança Paulista, Piracicaba, Limeira, Rio Claro e São João da Boa Vista)
RA6 - Ribeirão Preto
RA7 - Bauru (inclui Jaú e Lins)
RA8 - São José do Rio Preto (inclui Catanduva, Votuporanga, Fernandópolis e Jales)
RA9 - Araçatuba (inclui Andradina)
RA10 - Presidente Prudente (inclui Adamantina e Dracena)
RA11 - Marília (inclui Tupã, Ourinhos e Assis)
RA12 - Central (constituída pelas sub-regiões de Araraquara e São Carlos)
RA13 - Barretos
RA14 - Franca (inclui São Joaquim da Barra)
Mesorregiões e microregiões
O estado de São Paulo é dividido estatisticamente em 15 mesorregiões, 63 microrregiões e 645 municípios segundo o IBGE.


Mapa das mesorregiões do estado de São Paulo.Mesorregião de São José do Rio Preto
Mesorregião de Ribeirão Preto
Mesorregião de Araçatuba
Mesorregião de Bauru
Mesorregião de Araraquara
Mesorregião de Piracicaba
Mesorregião de Campinas
Mesorregião de Presidente Prudente
Mesorregião de Marília
Mesorregião de Assis
Mesorregião de Itapetininga
Mesorregião Macro Metropolitana Paulista
Mesorregião do Vale do Paraíba Paulista
Mesorregião do Litoral Sul Paulista
Mesorregião Metropolitana de São Paulo

Economia
Ver artigo principal: Economia de São Paulo
Economia de São Paulo Ficha técnica
Participação no PIB nacional 33,9% (2005)
PIB per capita R$ 17.977 (2005)
Composição do PIB
Agropecuária 6,5% (2004)
Indústria 46,3% (2004)
Serviços 47,2% (2004)
Atividades econômicas
Exportações (US$ 38 bilhões): veículos e peças (17,2%), aviões, helicópteros e aeropeças (11,6%), outros produtos agroindustriais (soja, carnes, café, papel - 10%), açúcar e álcool (7,8%), metalmecânico (7%), suco de laranja (5,2%), eletrônica e telecomunicações (4,1%), miscelânea (31,8%) - 2005.
Importações (US$ 30,5 bilhões): petróleo e derivados (8,4%), bens de informática (7,8%), aeropeças (4,9%), veículos e peças (4,3%), metalmecânico (3%), medicamentos (2,1%), miscelânea (63,3%) - 2005.
Energia elétrica
Geração 56.756 GWh (2004)
Consumo 85.193 GWh (2004)
Telecomunicações
Telefonia fixa 13,4 milhões de linhas (maio/2006)
Celulares 22,7 milhões (abril/2006)

Estado mais rico da Federação, e o polo econômico da América do Sul, o estado de São Paulo possui uma economia diversificada. As indústrias metal-mecânica, álcool e açúcar, têxtil, automobilística e de aviação; os setores de serviços e financeiro; e o cultivo de laranja, cana de açúcar e café formam a base de uma economia que responde por cerca de um terço do PIB brasileiro, algo em torno de 550 bilhões de dólares na "paridade de poder de compra". Além disso, o estado oferece boa infra-estrutura para investimentos, devido as boas condições das rodovias.


História econômica de São Paulo
Pode-se considerar que a história econômica paulista começa com o ciclo do café, na época em que os paulistas comandavam a política nacional com os mineiros, a chamada "política do café-com-leite", durante o período da República Velha, em que o estado de São Paulo teve uma acelerada expansão industrial. O ciclo perdura até a crise da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929. A decadência da cafeicultura provoca a transferência do capital para a indústria, que pôde se desenvolver apoiada no mercado consumidor e na mão de obra disponível no estado. Esta primeira fase da industrialização ocorre no contexto econômico brasileiro da substituição de importações.


São Paulo: centro político e financeiro do estado de São Paulo.O período de maior crescimento da indústria do estado ocorre no mandato de Juscelino Kubitschek que promoveu a internacionalização da economia brasileira, trazendo a São Paulo (principalmente na região do ABC) a indústria automobilística.

Atualmente o estado é líder em vários setores da economia brasileira, notadamente no setor financeiro (concentrado na cidade de São Paulo), indústria automobilística e de aviação e na produção sucro-alcooleira e de suco de laranja.


Indústrias
A indústria é a principal característica da economia paulista. Depois da crise de 1929, em Nova Iorque, o café deu lugar às indústrias, que fizeram São Paulo permanecer na liderança da indústria nacional até hoje. O estado supera a produção industrial do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e a do Rio Grande do Sul. Seus principais pólos industriais são:

Região Metropolitana de São Paulo; maior polo de riqueza nacional, a região possui um polo industrial extremamente diversificado com indústrias de alta tecnologia até indústrias automobilísticas, situadas principalmente na região do ABC. Atualmente a metrópole está passando por uma transformação econômica, deixando seu forte caráter industrial passando para o setor de serviços.
Vale do Paraíba; possui indústrias do ramo aeroespacial, como a Embraer, indústrias automobilísticas nacionais, como a Volkswagen e a General Motors e indústrias de alta tecnologia. Também estão presentes as indústrias de eletroeletrônicos, têxtil e química.
Região Metropolitana de Campinas; conhecida como "Vale do Silício brasileiro",[16] devido a grande concentração de indústrias de alta tecnologia, como a Lucent Technologies, IBM, Compaq e Hewlett-Packard (HP), pricipalmente nas cidades de Campinas, Indaiatuba e Hortolândia, a região possui um forte e diversificado pólo indústrial, com indústrias automobilísticas, indústrias petroquímicas como a REPLAN, em Paulínia e indústrias têxteis, especialmente nas cidades de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara d'Oeste[17].
Região Administrativa Central; situado no centro do estado, onde se localizam as cidades de São Carlos e Araraquara, constitui um importante pólo de alta tecnologia, com indústrias de diferentes áreas, como a fábrica da Volkswagen motores, Faber-Castell, Electrolux, Tecumseh e Husqvarna.

Embraer E-190, jato desenvolvido pela empresa Embraer que está sediada em São José dos Campos.Mesorregião de Piracicaba; situada ao lado da Região Metropolitana de Campinas, onde se localizam importantes municípios, como Piracicaba, Limeira e Rio Claro, essa região é caracterizada pela presença de empresas de biotecnologia, cultivo de cana de açúcar e produção de biocombustível.

Agropecuária

Cana-de-açúcar, uma das culturas mais praticadas no estado. Na foto um canavial na cidade paulista de Avaré.O estado de São Paulo é uma das unidades federativas do Brasil que mais contribui na produção agrícola nacional, sendo responsável por um terço do PIB agroindustrial brasileiro. São Paulo possui 190 mil km² de área plantada e pastagens. O estado é, isoladamente, o maior produtor de suco de laranja e de frutas, segundo maior produtor mundial de soja e de cana-de-açúcar e quarto maior produtor mundial de café. Na pecuária, o estado também se destaca sendo responsável por 16% das aves de corte, 9% do rebanho de bovinos e 7% dos suínos do país. Fonte:[18]


Energia
O estado de São Paulo, sendo o mais industrializado estado da federação, é o maior produtor e também consumidor de energia nacional. São Paulo possui mais usinas hidrelétricas do que qualquer outro estado, contando também com uma usina termoelétrica, conhecidas também por serem as maiores da América Latina.


Turismo

Orla de Santos, um dos destinos mais procurados pelos paulistas.
Hopi Hari, um dos maiores parques temáticos da América Latina.Ver artigo principal: Turismo em São Paulo, Turismo na cidade de São Paulo, Estância turística
Uma parcela significativa da economia paulista vem do turismo. Além de ser um centro financeiro o estado também oferece uma enorme variedade em destinos turísticos:

Capital:A capital paulista é o centro do turismo de negócios no Brasil, o que proporciona à cidade cerca de 45 mil eventos por ano [19]. São Paulo, também possui a maior rede hoteleira brasileira. Por especulação imobiliária em meados dos anos 1990, hoje existe excesso de oferta em número de vagas. A cidade também conta com procura no turismo gastronômico, depois de receber o título de capital mundial da gastronomia. O turismo cultural também é destaque dada a quantidade de museus, teatros, eventos como a Bienal de Artes e a Bienal do Livro.
Litoral:O litoral paulista tem 622 quilômetros de praias dos mais diversos tipos e tamanhos. Entre as cidades que mais recebem turistas no verão estão Santos, Praia Grande, Ubatuba, São Sebastião, entre outras.
Interior: No interior é possível encontrar estâncias, turismo rural, ecológico, municípios com clima europeu, cachoeiras, cavernas, rios, serras, fontes de água mineral, parques naturais, construções históricas dos séculos XVI, XVII, XVIII, igrejas em arquitetura jesuíta e sítios arqueológicos como o Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR). Quem procura diversões mais intensas pode procurar o Hopi Hari, um dos principais parques temáticos do país, na Região Metropolitana de Campinas. Em matéria de ecoturismo, Brotas e Juquitiba tem a melhor infraestrutura. No inverno, o município de Campos do Jordão surge como a principal referência turística do estado paulista, com o Festival de Inverno e diversas outras atrações em um ambiente cuja temperatura pode chegar em marcas negativas.

Infra-estrutura

Educação e ciência
Resultados no ENEM Ano Portugues Redação
2006[20]
Média 38,86 (3º)
36,90 51,93 (9º)
52,08
2007[21]
Média 54,25 (2º)
51,52 55,98 (11º)
55,99
2008[22]
Média 44,86 (2º)
41,69 59,70 (7º)
59,35
Com 14.405 estabelecimentos de ensino fundamental, 12.691 unidades pré-escolares, 5.624 escolas de nível médio e 521 instituições de nível superior, a rede de ensino do estado é a mais extensa do país.[23] Ao total, são 8.981.288 matrículas e 482.519 docentes registrados.[23]


Indicadores
O fator "educação" do IDH no estado atingiu em 2005 a marca de 0,921 – patamar consideravelmente elevado, em conformidade aos padrões do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) [24] – ao passo que a taxa de analfabetismo indicada pelo último censo demográfico do IBGE foi de 4,6%, superior apenas à porcentagem verificada no Distrito Federal e nos estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro.[25]

Tomando-se por base o relatório do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) de 2007, São Paulo obteve o maior índice da 5ª à 8ª série do ensino fundamental entre os estados brasileiros.[26] Na classificação geral do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2007, três escolas do estado figuraram entre as 20 melhores do ranking, sendo os colégios Vértice, Bandeirantes e Móbile os respectivos terceiro, décimo quarto e vigésimo colocados.[27]


Ensino superior
Contemplado por expressivo número de renomadas instituições de ensino e centros de excelência, São Paulo é o maior pólo de pesquisa e desenvolvimento do Brasil, responsável por 52% da produção científica brasileira e 0,7% da produção mundial no período compreendido entre os anos de 1998 e 2002.[28] No cenário atual, destacam-se importantes universidades públicas e privadas, muitas delas consideradas centros de referência em determinadas áreas.

As universidades públicas sediadas no estado de São Paulo são:


Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, com os edifícios da FAUUSP e da FEAUSP em destaque.
Fotografia aérea do campus da UNESP em Bauru.
Entrada da Unicamp em Campinas.
Fotografia aérea do campus da Universidade Federal de São Carlos.Universidade de São Paulo (USP): fundada em 1934, desempenha um papel de destaque no desenvolvimento científico nacional. Tem seu principal campus situado às margens do rio Pinheiros, nas dependências da extinta fazenda Butantan, em uma área de 3.600 hectares. É a maior universidade pública do país, e conta com unidades de graduação, pós-graduação, extensão e pesquisa nas áreas de ciências exatas, biológicas e humanas, departamentos complementares, institutos especializados, e fundações conveniadas. Dispõe de sistema de bibliotecas integrado, orquestra, coral, hospitais, centros odontológico e de psicologia clínica, museus, centros esportivos e rádio. No "Ranking das 500 melhores universidades do planeta" – divulgado em novembro de 2007 pelo "Higher Education Evaluation & Accreditation Council of Taiwan", que avaliou e classificou o desempenho da produção científica em universidades do mundo todo – a USP aparece como a instituição de ensino superior da América Latina mais bem colocada, ocupando a 94ª posição.[29]
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp): destacado centro de graduação e pós-graduação, sobretudo na área de saúde, conta com seu maior campus localizado na cidade, o qual congrega os cursos de Medicina, Enfermagem, Ciências Biomédicas, Fonoaudiologia e Tecnologia Oftálmica. Foi uma das primeiras instituições a organizar os programas de residência médica no país (1957) e de pós-graduação (1970), reconhecidos entre os pioneiros da área de saúde no Brasil.[30]
Universidade Estadual Paulista (Unesp): criada em 1976, com a unificação dos "Institutos Isolados de Ensino Superior" do estado de São Paulo, a instituição disponibiliza cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas do conhecimento. Possui campi espalhados por várias cidades do estado, com a reitoria instalada na capital paulista, onde também se encontra o Instituto de Artes. No "Ranking das 500 melhores universidades do planeta", aparece na 485ª posição.[29]
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp): localiza-se no distrito de Barão Geraldo em Campinas além de outros campi, situados nos municípios de Limeira, Piracicaba, Paulínia e Sumaré.[31]. Criada por decreto-lei em 1962 e inaugurada oficialmente em 1966, a Universidade Estadual de Campinas surgiu como um centro estratégico de formação de mão-de-obra altamente capacitada nas áreas de Tecnologia e Ciências Naturais, voltadas principalmente para a pesquisa científica. Com o tempo, a universidade se diversificou e, hoje, há grande destaque por sua formação e produção científica nas Ciências Humanas, sobretudo nas áreas de Artes, Economia, Filosofia, História e Geografia. Atualmente, a instituição mantém o status de ser a maior produtora de patentes de pesquisa no Brasil, superando instituições de renome como a Petrobras e a Universidade de São Paulo (USP) [32][33]
Universidade Federal de São Carlos (Ufscar): fundada em 1968 em São Carlos, é a única instituição federal de ensino superior localizada no interior de São Paulo. Destaca-se pelo alto nível de qualificação de seu corpo docente: 98,92% são doutores ou mestres. A Universidade possui três Campi: a sede fica em São Carlos com 230 hectares de extensão, sendo 25 mil m² de área construída. No campus de Araras são oferecidos os curso de graduação em engenharia agronômica, com importantes pesquisas na área, e biotecnologia, o campus possui 645 hectares, sendo 105 mil m² em áreas construídas. Em 2005, deu-se início à construção do Campus de Sorocaba, recebendo, já em 2006, calouros para os cursos de Bacharelado em Ciências Biológicas, Licenciatura em Ciências Biológicas, Turismo e Engenharia de Produção, posteriormente Bacharelado em Ciência da Computação e Bacharelado Ciências Econômicas.
Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA): uma instituição de educação e ensino superior localizada no Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), na cidade de São José dos Campos. O ITA possui cursos de graduação e pós-graduação em áreas ligadas a engenharia, principalmente no setor Aeroespacial, sendo considerado um centro de referência no ensino de engenharia.
Entre as instituições privadas, destacam-se:


Biblioteca Central "George Alexander" da Universidade Presbiteriana Mackenzie.Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP): mantida pela Mitra Arquidiocesana de São Paulo, foi fundada em 1946 pelo cardeal arcebispo de São Paulo, Carlos Carmelo de Vasconcellos Mota. Possui cinco campi no estado, sendo três deles na capital paulista, um deles (em Perdizes) tombado pelo Patrimônio Histórico do município. Oferece uma grande gama de cursos de graduação e especialização em diversas áreas de conhecimento humano, e seus cursos de mestrado e doutorado enfocam principalmente as áreas de ciências humanas e educação. A PUC-SP também mantém o teatro Tuca, a editora EDUC e a Derdic, uma escola especial direcionada a crianças portadoras de deficiência auditiva. Foi a primeira universidade brasileira a eleger o reitor por voto direto dos alunos, professores e funcionários.
Universidade Paulista (Unip): pertencente ao grupo Objetivo, é a maior universidade privada de São Paulo e do Brasil, com cerca de 88 mil estudantes. Possui campi em vários bairros da capital paulista e em muitas cidades do interior.[34]
Universidade Presbiteriana Mackenzie: mantida pela Igreja Presbiteriana do Brasil, uma das instituições de ensino mais antigas da cidade, datando de 1870, teve sua origem em um colégio fundado pelos missionários norte-americanos George Whitehill Chamberlain e Mary Ann Annesley Chamberlain. Atualmente, mantém cursos em outras cidades brasileiras como Barueri, Brasília e Rio de Janeiro. É composta por dez faculdades, incluindo cursos de graduação e pós-graduação em áreas diversas como Administração de Empresas, Direito, Engenharia, Ciências Biológicas e Arquitetura. Os edifícios do campus principal são tombados pelo Patrimônio Histórico da cidade.
Completam o exemplário acima as seguintes instituições: Universidade Anhembi Morumbi, São Marcos, Universidade Bandeirante de São Paulo (Uniban), Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), Universidade Metodista de Piracicaba e Universidade São Judas Tadeu – entre outras. Além destas universidades, São Paulo também conta com diversos institutos de ensino superior e pesquisa em áreas específicas, entre os quais podem ser destacados a Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) (engenharia, artes e ciências humanas), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) (administração e direito) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).


Principais institutos de pesquisa

Instituto de Pesquisas Tecnológicas.
Laborátorio de influenza do Instituto Butantan
Instituto Biológico, na Vila Mariana.
Instituto Pasteur, na avenida Paulista.
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
Instituto Agronômico de CampinasInstituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT): também instalado em um campus de 240 mil m² na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, representa um dos maiores núcleos de pesquisa da América Latina, com atuação de destaque no suporte às políticas públicas. Comporta 13 centros de especialidade técnica e 30 laboratórios[35][36] com atuação em pesquisa e desenvolvimento de serviços tecnológicos, ensaios, análises e estudos direcionados a metalurgia, energia, geologia aplicada, química e engenharias em geral, além de incubadoras de empresas de tecnologia.[35]
Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN): em atividade desde 1956, quando foi criado sob a denominação de "Instituto de Energia Atômica", por um convênio estabelecido entre a USP e o CNP. Atualmente, a gestão técnica e administrativa fica a encargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).[37] Suas instalações ocupam uma área total de 500 mil m² na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira (CUASO).[37] Desenvolve estudos em tecnologias nacionais para a produção de materiais e equipamentos nucleares, ensaios com reatores de pesquisa e análise de segurança e procedimentos de proteção radiológica e formação de recursos humanos na área.[37] Em associação com a USP, conduz programas de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado.[37]
Instituto Butantan: pólo de pesquisa biomédica fundado em 1901 na então fazenda Butantan, e atualmente vinculado à Secretaria de Saúde de São Paulo, fabrica antígenos e vacinas diversos, e é o maior produtor nacional de soros antiofídicos.[38] Centro de renome internacional em pesquisa científica de animais peçonhentos, conta com 14 laboratórios e um núcleo de biotecnologia.[39]
Instituto Biológico: instituído em 1927, com vistas a debelar uma praga que vicejava nos cafezais paulistas, dedica-se atualmente ao desenvolvimento de pesquisas em biossegurança e à prestação de atendimento fito e zoossanitário.[40] Executa testes laboratoriais e produz vacinas e antígenos diversos. Também é responsável por uma série de publicações e boletins científicos e mantém sob sua guarda um importante acervo de microorganismos patogênicos.[40]
Instituto Pasteur: como entidade ligada à Secretaria de Saúde de São Paulo, dedica-se à pesquisa científica sobre a raiva animal. Fundado em 1903,[41] impulsionou sobremaneira as pesquisas sobre bacteriologia e zoopatologias, consolidando-se como uma das principais referências da área na América Latina.[41]
Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMTSP): criado em 1959,[42] como um órgão complementar da Faculdade de Medicina da USP, e com o objetivo pleno de fomentar pesquisas e subvencionar estudos científicos e tecnológicos para o diagnóstico, tratamento, controle e prevenção de doenças tropicais e endêmicas,[42] converteu-se, em 2000, em unidade especializada, gozando de total autonomia administrativa interna.[42] Desempenhou significativas contribuições científicas nacionais e internacionais em diversos campos, além de atuar como centro de formação, aperfeiçoamento e prestação de serviços especializados na área.[42]
Instituto Florestal: criado em 1896 sob a denominação "Horto Botânico de São Paulo",[43] visa à preservação das matas nativas remanescentes no estado. Também subsidia atividades de pesquisa direcionadas à conservação de espécies silvestres ou raras, ao reflorestamento e silvicultura racional, além de programas de educação ambiental. É detentor de um grande patrimônio físico de parques e reservas.[43]
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE): criado em 1961, sua sede localiza-se em São José dos Campos. Tem como objetivo promover e executar estudos, pesquisas científicas, desenvolvimento tecnológico e capacitação de recursos humanos, nos campos da Ciência Espacial e da Atmosfera, das Aplicações Espaciais, da Meteorologia e da Engenharia e Tecnologia Espacial, bem como em domínios correlatos, conforme as políticas e diretrizes definidas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. As atividades atualmente desenvolvidas pelo INPE buscam demonstrar que a utilização da ciência e da tecnologia espacial, pode influir na qualidade de vida da população brasileira e no desenvolvimento do Brasil.
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNS): localizado no Distrito de Barão Geraldo da cidade de Campinas, é uma instituição de pesquisa em física, biologia estrutural e nanotecnologia. O LNLS possui um acelerador de partículas (um síncrotron) usado como fonte de luz que é o único desse gênero no Hemisfério Sul e foi construído e projetado no Brasil.
Instituto Agronômico de Campinas (IAC): fundado em 1887 pelo Imperador D. Pedro II, recebeu a denominação de Imperial Estação Agronômica de Campinas e, em 1892, passou para o Governo do Estado de São Paulo. É um órgão de pesquisa da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, localizado no município de Campinas. Tem como objetivo gerar e transferir Ciência e Tecnologia para o Negócio Agrícola, visando à otimização dos sistemas de produção vegetal e ao desenvolvimento sócio-econômico com qualidade ambiental. Sua atuação garante ainda a oferta de alimentos à população e matéria-prima à indústria, cooperando para a segurança alimentar e para a competitividade dos produtos no mercado interno e externo.

Transportes

Rodovias

Rodovia dos Bandeirantes, considerada a melhor rodovia do Brasil pela Confederação Nacional do Transporte[44].Ver artigo principal: Sistema rodoviário do estado de São Paulo
O estado de São Paulo possui uma malha rodoviária com mais de 32.000 km de vias asfaltadas, representando cerca de 17% do total da malha asfaltada do Brasil[45][46]. As rodovias paulistas são consideradas as mais modernas e melhor conservadas do Brasil. A Confederação Nacional do Transporte, em uma pesquisa realizada em 2006, divulgou um ranking que coloca as rodovias de São Paulo, em comparação com as outras rodovias brasileiras, no topo em termos de estado geral de conservação[47][48]. A administração de algumas rodovias paulistas foi transferida à iniciativa privada a partir do final da década de 90, dentro de um programa mais amplo de privatização. As empresas vencedoras do processo licitatório foram obrigadas a realizar uma série de investimentos e a cumprir metas de qualidade mas, apesar da melhoria nas estatísticas de acidentes[49], a cobrança de um valor de pedágio considerado caro para os padrões brasileiros provoca críticas ao modelo de privatização.[50]


Aeroportos

Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, o aeroporto internacional mais movimentado do Brasil.
Aeroporto de Congonhas.Ver página anexa: Aeroportos do estado de São Paulo
São Paulo possui três grandes aeroportos, sendo dois internacionais:

Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado na cidade de Guarulhos, na Região Metropolitana de São Paulo, é o aeroporto internacional mais movimentado do Brasil. Considerado um dos hubs da aviação civil no país, opera uma grande quantidade de vôos nacionais e internacionais para todos os principais destinos do Brasil e do mundo. Está distante 25 quilômetros do centro de São Paulo, a principal metrópole a que serve.
Aeroporto de Congonhas, é o aeroporto doméstico mais movimentado do Brasil, localizado no distrito do Campo Belo, na capital paulista. Por estar localizado a apenas 8 km do centro, é utilizado basicamente para voos de ponte aérea e de curta duração, sendo seus principais destinos Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e o interior do estado.
Aeroporto Internacional de Viracopos, localizado a 20 quilômetros do centro de Campinas e a 99 quilômetros da capital paulista. Atualmente, representa o segundo maior terminal aéreo de cargas do país[51], responsável por 18,1% do movimento total de cargas nos aeroportos.[51] Em 2007, registrou um fluxo de cargas embarcadas e desembarcadas em voos internacionais de cerca de 228.239 toneladas.[51] De cada três toneladas de mercadorias exportadas e importadas, uma passa pelo aeroporto.[51] O Terminal de Logística de Carga de Importação e Exportação possui uma área de mais de 81 mil metros quadrados, com capacidade de processar até 720 mil toneladas de carga aérea por ano.

Portos marítimos

Porto de Santos, o maior do Brasil.O estado possui dois portos:

Porto de Santos, localizado na cidade de Santos, o porto é hoje o principal do Brasil e o maior da América Latina. O Porto de Santos ocupa a 39ª posição no ranking mundial de movimentação de cargas conteinerizadas.
Porto de São Sebastião, localizado na cidade de São Sebastião, o porto e uma alternativa para a prática do comércio exterior e para o apoio ao Porto de Santos.

Ferrovias

Mapa da rede ferroviária do estado de São Paulo.São Paulo possui mais de 5 mil km de ferrovias (outrora operados pela extinta estatal Ferrovia Paulista SA), que se estendem desde as margens do rio Paraná até o porto de Santos, destinados ao transporte de carga. A região metropolitana de São Paulo é servida de trens por uma malha ferroviária de 257 km, composta por 6 linhas e 84 estações, sendo operada pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.


Metrô
Ver artigo principal: Metrô de São Paulo
O metrô de São Paulo é um dos mais eficientes e novos do mundo. São 61,3 km de metrô distribuídas em quatro linhas e 55 estações, sendo que diariamente são transportados aproximadamente 3 milhões de passageiros por essas linhas[52].


Cultura

Os jardins do Museu do Ipiranga, em São Paulo, onde foi proclamada a independência do Brasil.Ver artigo principal: Cultura de São Paulo
Por ter influenciado o Brasil de forma ativa na política e na economia o estado de São Paulo acabou influenciando o país também em âmbito cultural. A cultura paulista é uma das mais ricas dentre os estados brasileiros, justamente por ser uma mistura de todas as outras culturas nacionais. Isso deveu-se às várias ondas migratórias e imigratórias que vieram para o estado nos séculos XX e XXI, trazendo costumes distintos para um mesmo lugar e criando uma cultura singular, seja na música, na literatura ou nas artes plásticas.


Theatro Pedro II em Ribeirão Preto.O principal pólo cultural do estado é sua capital, São Paulo, porém outros grandes núcleos urbanos como Campinas, Ribeirão Preto e Campos do Jordão também apresentam uma vida cultural rica e agitada.


Museus
Dentre os principais museus do estado, estão o Museu do Ipiranga, onde foi proclamada a independência do Brasil, o Museu da Língua Portuguesa, o MASP e a Pinacoteca do Estado de São Paulo, todos localizados na cidade de São Paulo.


Música

Concerto da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo em Campos do Jordão.Os estado de São Paulo possui algumas das melhores casas de espetáculos do Brasil, como, por exemplo, a Sala São Paulo, considerada por muitos como a de melhor acústica do mundo e o Teatro Municipal de São Paulo, considerado um dos palcos de maior respeito no país, tendo abrigado apresentações dramáticas e óperas de grandes nomes nacionais e internacionais. Muitos dos principais compositores eruditos brasileiros internacionalmente reconhecidos são paulistas, tais como Carlos Gomes, aclamado como o mais prolífico compositor brasileiro de óperas, e Elias Álvares Lobo, compositor da ópera "A Noite de São João", a primeira ópera genuinamente brasileira. Não se pode esquecer o precoce e tão cedo desaparecido Alexandre Levy cuja obra orquestral e pianística é de primeira qualidade e que foi o pioneiro na introdução do tema popular na música clássica. No período moderno, a música erudita paulista foi marcada por compositores como Francisco Mignone, João de Sousa Lima, Osvaldo Lacerda, Amaral Vieira e Camargo Guarnieri.


O Teatro Municipal de São Paulo, uma das principais casas de ópera do país.A música popular paulista tradicional, assim como no resto do Brasil, foi influenciada principalmente pelas tradições da Europa, da África e dos índios. Provavelmente o estilo de música popular de origem paulista mais característico é a moda de viola, tendo sido amplamente divulgada por Cornélio Pires, durante o século XX, e que atingiu seu apogeu com cantores e compositores como Sérgio Reis e Renato Teixeira. O estilo musical influenciou fortemente a música de outros estados como Minas Gerais, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Outros elementos da música paulista dignos de nota e altamente populares são o rock, representado por bandas como Titãs, Os Mutantes, Ira!, Ultraje a Rigor e CPM 22; o samba paulista (Adoniran Barbosa, Demônios da Garoa), a música pop (Guilherme Arantes, Maria Rita) e o hip hop, popular especialmente nas periferias das grandes cidades paulistas, representado por bandas como Racionais MC's e Facção Central.


Referências
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↑ "Expectativa de vida em SP é maior que a média nacional, diz IBGE". G1. . (página da notícia visitada em 2008-09-27)
↑ http://www.protec.org.br/noticias.asp?cod=997
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↑ As Distorções na Representação dos Estados na Câmara dos Deputados Brasileira de Jairo Nicolau
↑ A desordem paulista Luís Filipe de Alencastro na Folha de S. Paulo
↑ http://www.timaster.com.br/revista/materias%5Cmain_materia.asp?codigo=332
↑ http://www.planejamento.sp.gov.br/AssEco/textos/RMC.pdf
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↑ 51,0 51,1 51,2 51,3 Infraero – Movimento nos Aeroportos
↑ http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u304435.shtml Folha Online

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